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Considerada operadora de Aécio, Andrea Neves está presa no Complexo Penitenciário Estevão Pinto

Paulo César de Oliveira
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Andrea Neves (foto), irmã do senador afastado Aécio Neves, foi presa por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã de ontem, no condomínio Retiro das Pedras, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ela é considerada operadora do senador nas investigações da Lava Jato e é investigada por ter pedido dinheiro ao empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, em nome de Aécio. O advogado Marcelo Leonardo, que vai fazer a defesa de Andrea, esteve na sede da PF em Belo Horizonte, para onde Andrea foi levada, antes de ser transferida para o Complexo Penitenciário Estevão Pinto. Marcelo Leonardo aguarda as acusações contra Andrea para poder tomar as medidas cabíveis. Antes de ser levada para a Penitenciária, Andrea fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Na saída da sede da Polícia Federal, ela foi hostilizada por manifestantes. O primo do senador e de Andrea, Frederico Pacheco de Medeiros, também foi preso na Grande BH.

 

A delação

Na conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, e entregue à Polícia Federal, Aécio indicou o primo Frederico Pacheco para receber o dinheiro, e a entrega foi filmada pela Polícia Federal. Em São Paulo, Fred entregou as malas para Mendherson Souza Lima. Seguido pela PF, Mendherson, que é cunhado de Perrella, fez três viagens de carro a Belo Horizonte levando a mala cheia de dinheiro. Segundo a PGR, os recursos foram parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, do filho de Perrella, Gustavo. Nesta operação da Polícia Federal, batizada de operação Patmos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão e oito de prisão preventiva em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão e Paraná, cumpridos pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

 

Empresário tem mais de mil nomes para delatar

As delações do empresário Joesley Batista estão longe de terminar. Pelas conversas nos corredores do Congresso Nacional, a lista de políticos envolvidos com corrupção tem mais de mil nomes. Praticamente todos os partidos estão envolvidos no esquema milionário da JBS, que começou como um açougue, em Anápolis, no interior de Goiás, hoje é uma empresa global dona das marcas como Friboi e Seara, e se tornou a maior processadora de carnes do mundo. O faturamento do frigorífico saltou de R$ 4 bilhões em 2006 para R$ 170 bilhões em 2016.O grupo JBS foi o maior beneficiário de operações com o BNDES nos governos petistas.

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