O período de turbulência eleitoral deve impedir uma recuperação da confiança do consumidor nos próximos meses na avaliação de Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 1,7 ponto em setembro ante agosto, para 82,1 pontos. “A expectativa é que nos próximos meses a confiança não vá melhorar muito não. A recuperação vai acontecer gradativamente, junto com a melhora da situação econômica do Brasil. Tendo em vista que estamos num momento de elevada incerteza política, a expectativa é que só melhore quando isso for resolvido”, declarou Viviane (foto). O ICC retornou ao patamar de junho, quando a confiança tinha sido abalada pela crise de abastecimento provocada pela greve dos caminhoneiros ao fim de maio. Segundo Viviane, as famílias estão mais pessimistas quanto às condições financeiras no futuro e estão cortando gastos. “O emprego está afetando a confiança, embora não entre no indicador. As avaliações sobre a situação atual e quanto ao futuro estão piorando. A situação do mercado de trabalho ainda está complicada, e as famílias estão endividadas”, lembrou a coordenadora da Sondagem do Consumidor.