A esperança é que ocorra uma convocação extraordinária do Congresso em janeiro. Ainda que isso seja possível, como confiar em um Congresso que, além da exiguidade do tempo, enfrenta uma escancarada crise de relacionamento na Câmara entre o “Centrão” e o grupo do presidente Rodrigo Maia (foto), que tem impedido qualquer votação na Casa? Não se torna crível qualquer conclusão de propostas de reformas constitucionais. Além de constituídas por uma complexidade dos temas, a lentidão do rito de tramitação dificulta a construção de acordos que possam acelerar qualquer resultado final. Caso surja algo nitidamente de cunho corporativo, onde o fruto da aprovação seja em causa própria, certamente o rito passa a ser sumaríssimo. Já outras matérias constitucionais, como a PEC do Pacto Federativo e a Reforma Administrativa, não começarão a andar antes do próximo ano. A conferir.