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Coronavirus expõe rachaduras da democracia brasileira

Paulo César de Oliveira
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Nos últimos anos, o Brasil parece fadado a posições de extremismo de seus líderes políticos. Nem mesmo uma pandemia tem alterado o que parece ser o destino do país, só que com resultados que prometem ser dramáticos e imprevisíveis. Um movimento iniciado por governadores, tendo à frente o de São Paulo, João Doria (PSDB), de seguir mantendo o distanciamento social como principal estratégia para conter o avanço coronavirus, um caminho diferente da orientação do presidente Bolsonaro, ganhou força também nos municípios. Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre kalil (foto), do PSD, estuda medidas para manter as pessoas isoladas. Ele acionou a Procuradoria-geral do Município para punir os que descumprirem a quarentena. Uma queda de braços entre estados e municípios, tendo na outra ponta o presidente Jair Bolsonaro. Os efeitos desses dois movimentos podem ir além do número de infectados e mortos pelo coronavirus e dividir o país de maneira irreversível. É a lei da física, a cada ação uma reação oposta e de igual intensidade.

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