Uma das razões para que as eleições municipais deste ano possam ser adiadas para 2.022 é a crise do coronavírus. Sendo assim as campanhas eleitorais, se ainda tiver eleição, vão todas para a internet e redes sociais. Se acontecer eleição em outubro – muita gente já não quer – quem vai sair pelas ruas dando aperto de mão, beijando e abraçando? O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia(foto), que disse ser contra já recebeu muito parlamentar para mostrá-lo que o melhor mesmo é adiar as eleições para 2.022.
Eleições unificadas
O presidente da Câmara não quer nem ouvir falar em adiamento de eleições esse ano. Mas será que ele tem o poder de impedir que os deputados possam debater, racionalmente, o tema? Em um país carente como o nosso, a unificação de nosso processo eleitoral em 2022 reduziria, substancialmente, o seu custo para o País. Do jeito que está, o fundo eleitoral, cujo nome oficial é Fundo Especial de Financiamento de Campanha (é um “fundo público destinado ao financiamento das campanhas eleitorais dos candidatos”), seria a cada ano eleitoral, elevado em proporções geométricas tal o apetite voraz de nossos políticos. O Brasil precisa mudar urgentemente. Além do Fundo Eleitoral que é abastecido com recursos do Tesouro Nacional integrar o Orçamento Geral da União, ainda é complementado pelo Fundo Partidário cuja principal função é garantir o funcionamento dos partidos, alimentando a proliferação dos nanicos que se tornaram balcões de negócios. E nesse projeto, que tal embutirmos alguns pontos que estão cada vez mais sendo aplaudidos pela população: eliminação da reeleição, mandato de cinco anos, não obrigatoriedade do voto, aumento da cláusula de barreira e o voto distrital misto. Seria um atestado de coerência com os tempos atuais. Triste Brasil que está sendo desnudado pelos desmandos de sua classe política.
