Bem, 2021 acabou. Tudo ainda pode acontecer, mas só o que depender do destino. Articulações nesta altura não levam a mais nada e muita coisa importante para o país deixou de ser resolvida por imobilismo e esperteza política. Como já estamos em 2022 -embora o calendário ainda não mostre – que, como todos os anos, começa com recessos, e logo depois, o tema sucessão, na presidência e nos estados, passa a dominar todas as rodas, podemos concluir que vamos iniciar 2023 igual estamos terminando 2021: com inflação, desemprego, fome e com tudo a fazer para que o país encontre um rumo. Situação que, sem querer ser negativista, fica parecendo mais difícil a cada dia. Nada indica que teremos grandes renovações, incluindo aí o Legislativo, e o quadro é pouco propício ao surgimento de um líder efetivo, se bem que, fora do quadro do radicalismo, pode-se apontar a alternativa João Doria, pela administração que realiza em São Paulo, como alguém com bom potencial para emergir como alternativa para liderar o processo de mudança no país. Mas, antes de discutirmos a viabilização de uma alternativa para o país, vamos precisar de encontrar uma forma de sufocar o radicalismo, a violência política que, curiosamente, até aqui só tem beneficiado os principais opostos políticos, mantendo-os na liderança das pesquisas, embora paradoxalmente, os coloque também na liderança da rejeição. São, na prática, campeões da rejeição e que pela radicalização do processo, acabam atraindo os radicais aqueles que, não são a favor de algo ou alguém, mas fincam o pé numa posição para tentar a derrota do oposto. O problema é que, infelizmente a um ano da eleição ainda, este radicalismo está ficando mais cruel, virando violência. O radical imbecilizado se transforma em alguém incontrolável. E é isto que estamos vendo Brasil afora. Radicais a serviço de uma causa ameaçando de morte cientistas por causa da recomendação de vacinas para crianças. Invadindo supermercado com a desculpa de exigir alimentos para o povo- estranho, a fome está aí há tanto tempo, mas só agora, perto das eleições, motiva as chamadas lideranças sociais- numa violência sem justificativa. Que os chamados “líderes” que manipulam as cordinhas destas marionetes se conscientizem que, mais tarde, no governo, não terão como controlar a situação pois as cobranças, seja por fazer ou deixar de fazer- serão incontroláveis. Uma coisa é usar os exaltados na campanha. Eles podem até ganhar eleições embora, à frente sejam descartados. Eleições, ensinam as velhas raposas, se ganha com exaltados. Governo se faz com os moderados. Cuidado com os radicais. (Foto reprodução internet)