Nada parece perturbar ou tirar o humor do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (foto). Notificado pelo ministro do STF Teori Zavascki da denúncia contra ele feita pelo Ministério Público Federal, o presidente da Câmara não só manteve a pose, como foi saudado, ontem (21) como herói por metalúrgicos de São Paulo. Aplaudido e aclamado no evento promovido pela Força Sindical, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Eduardo Cunha teve seu dia de herói e como tal, uma vítima do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pediu a sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Pesa contra ele a acusação de que teria recebido US$ 5 milhões em propina dentro do esquema de desvio de recursos da Petrobras investigado pela operação Lava Jato. Do alto do seu cargo, Cunha avisou que “ninguém vai me constranger. Não há renúncia. Renúncia não faz parte do meu vocabulário. E não o fará. Covardia também não faz parte. Estou absolutamente tranquilo e sereno”. Ele garantiu que “não há uma única prova” contra ele e nada fará com que mude o seu comportamento e a forma como está atuando.