Cunha faz suspense sobre delação

O ainda deputado, embora de mandato suspenso, Eduardo Cunha, mantém o suspense: fará ou não a delação que, garantem abalaria os alicerces da República, envolvendo governo, oposição, político atual, político do passado, de todos os partidos. Neste jogo de suspense Cunha vai conseguindo empurrar a definição sobre a cassação. Segundo Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, a sessão que decidirá sobre a cassação ou não vai ser realizada no dia 12 de setembro. Pouca gente, e assim mesmo só os mais crédulos, acredita nesta data. É que 12 de setembro é uma segunda-feira, dia tradicionalmente de quorum baixo no Congresso. E Maia já assegurou que deseja quorum elevado para garantir a legitimidade da decisão. Para complicar, 12 de setembro foi a data escolhida para a posse da ministra mineira Cármen Lúcia na presidência do Supremo Tribunal Federal. Ninguém acredita numa sessão de cassação no mesmo dia. Enquanto Cunha (foto), com a ajuda de amigos, entre eles, ao que parece Rodrigo Maia, o Ministério Público se preocupa com a possibilidade de fuga da mulher do deputado, a jornalista Cláudia Cruz. Para evitar uma possível fuga, o MPF se posicionou contra o pedido de devolução do passaporte de Cláudia. O documento foi apreendido por determinação da Justiça Federal de Curitiba.