Até quando vamos ficar perdendo tempo e dando munição aos insanos, debatendo fraudes nas eleições brasileiras. Este não é um tema novo, nem deve ser colocado inteiramente na conta de Bolsonaro. Quem primeiro usou nacionalmente esta desculpa para justificar derrota foi Aécio Neves, que acusou fraude na eleição perdida para Dilma. Bolsonaro inovou apenas ao ser o primeiro vencedor a levantar o tema para dizer, sem qualquer fundamentação que, em 2018, deveria ter sido eleito já no primeiro turno. Fez isto, hoje se vê, para iniciar um alinhamento com o discurso trompista de golpismo, uma fala que ambos mantém até hoje, Bolsonaro com mais ênfase por ter criado, nestes quatro anos, uma tropa de fanáticos, pelo uso de um discurso religioso, aliado a favores do Estado. Mas já é passada a hora de cessar este discurso, estas acusações que, até aqui, se mostraram sem fundamento. Ao contrário do que disse um pretenso líder religioso ligado ao presidente Bolsonaro, não cabe ao ministro Alexandre Moraes provar que não houve fraudes. Cabe a quem levanta dúvidas sobre a eficácia e seriedade do sistema eleitoral brasileiro, apontar vulnerabilidades e seu uso em favor de alguém. O TSE já provou que o sistema é inviolável na prática, com a realização de tantas eleições com urnas eletrônicas e, também, com abertura para acompanhamentos e realizações de diferentes auditorias que certificaram a lisura do processo. Neste aspecto o tribunal foi condescendente até demais admitindo a participação nas auditorias de grupos com interesses eleitorais claros. É hora de dar um basta neste discussões. É hora do Ministério da Defesa apresentar seu relatório de auditoria para fazer calar os acusadores. A lisura das eleições foi reconhecida mundialmente. As contestações se mostram choro de derrotados que precisam, antes de acusarem todo o Poder Judiciário, inclusive seus servidores, comprovarem sua própria idoneidade moral. (foto/reprodução internet)