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Deputado confirma: governo não sabe como cumprir acordo com professores

Paulo César de Oliveira
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O petista Paulo Lamac, presidente da Comissão de Educação da Assembleia de Minas, anunciou ontem a articulação de uma reunião de secretários de Educação de vários estados para discutirem o pagamento do piso salarial nacional dos professores. O deputado confirmou que Minas dificilmente terá condições de pagar, em janeiro, mais uma parcela do reajuste da categoria. Lembrou que outros estados enfrentam a mesma dificuldade, daí a necessidade de se buscar uma solução em conjunto. Desde que o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Planejamento, Wieland Silberschneider (foto), declarou que o governo pode não pagar o reajuste prometido ao magistério, os professores ascenderam a luz amarela e ameaçam não começar o ano letivo de 2016. Para a presidente do Sind-Ute, Beatriz Cerqueira, é inconcebível que o governo não cumpra o acordo e criticou as peças publicitárias que estão sendo divulgadas afirmando que o piso já é pago. Isso só vai acontecer em parcelas pagas até 2018. “O piso está sendo parcelado, só em 2018 o professor receberá o piso integral, diferente das peças publicitárias do governo que dizem que o governo já paga. É inconcebível que em janeiro o governo não cumpra essa parte do acordo, que é o reajuste anual do piso nacional que está em quase 12%. Caso contrário haverá toda uma mobilização para que seja cumprido acordo”. A justificativa de Silberschneider, usada ontem pelo deputado Paulo Lamac, é a de que o governo atingiu o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal de comprometimento de 48,7% do orçamento com o pagamento de pessoal. Nem o secretário, nem o deputado, sabem o que poderá ser feito para atender o compromisso com os professores.

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