Detentos do Centro de Prisão Provisória (CPP) participaram na manhã desse domingo da montagem do alambrado que vai separar os grupos pró e contra impeachment durante a votação, em plenário, do processo que analisa o pedido de afastamento da presidente Dilma, previsto para ocorrer no próximo final de semana. De acordo com a Polícia Militar, que acompanha a preparação, 30 presidiários do regime semiaberto fazem o serviço. A expectativa do governo é de que 300 mil pessoas cheguem à Esplanada dos Ministérios entre os dias 15 e 17 de abril. De acordo com a PM, 20 ônibus de manifestantes a favor da presidente chegaram nesse domingo ao Teatro Nacional.
Acampamentos proibidos
Outras 30 pessoas, contrárias à gestão petista, montaram acampamento na região do Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade. A distância da Esplanada é de cerca de quatro quilômetros. O esquema foi anunciado noe sábado. Balões aéreos de identificação dos movimentos e bonecos considerados ofensivos e provocativos, independentemente do tamanho, estão proibidos – incluindo o pato inflável de 20 metros de altura da Fiesp, que já foi retirado do local. Acampamentos também estão desautorizados no período. A secretária de Segurança Pública, Márcia de Alencar (foto), informou que a Força Nacional ajudará a evitar conflitos entre os grupos. As zonas para os manifestantes estarão separadas por um corredor de 80 metros de largura por um quilômetro de comprimento, extensão que vai da Catedral ao Congresso Nacional. A passagem será de trânsito exclusivo das forças de segurança e será guarnecido por policiais militares encarregados de impedir que um grupo invada o espaço reservado ao outro. Os manifestantes a favor do impeachment ficarão em um ponto de concentração próximo à Catedral Metropolitana, do lado do Eixo Monumental que fica no sentido do Congresso. Policiais militares “filtrarão” os manifestantes a partir do dia 15, indicando para onde devem se direcionar.