A presidente afastada Dilma Rousseff confirmou ontem, em nota, que esteve com o empresário Marcelo Odebrecht (foto), em maio de 2015, por ocasião de uma viagem oficial à Cidade do México, mas nega que tenha tratado de doações de campanha com o empresário. Segundo a nota, o encontro “foi breve” e “o diálogo não tratou de doações. No encontro, também não se tratou de pagamentos ao jornalista João Santana, responsável pelos programas de rádio e TV na campanha eleitoral”, diz o texto, divulgado pela assessoria de imprensa da petista. Dilma entende que “já é público e notório”, que todos os pagamentos pelos serviços prestados para sua campanha pela reeleição em 2014, inclusive aqueles ao marqueteiro João Santana, foram feitos dentro da lei e declarados à Justiça Eleitoral. “À produtora de João Santana, os pagamentos totalizaram R$ 70 milhões”, afirma. Na delação premiada, no entanto, Marcelo Odebrecht admitirá repasses para as campanhas presidenciais de Dilma em 2010 e 2014 e que controlava pessoalmente os recursos ilegais que irrigavam as campanhas presidenciais.