Dilma e Hélio Bicudo batem boca pela imprensa

Decidida a se fazer de vítima dos que estão defendendo o seu afastamento do governo, a presidente Dilma Rousseff aproveitou, mais uma vez, uma cerimônia oficial para atacar os seus opositores. Em seu discurso na entrega de 2.343 casas do Conjunto Habitacional Jardim João Domingos Netto, em Presidente Prudente, no interior paulista, pela segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida, Dilma falou que “qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. É golpe. Principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos. Em entrevista na rádio da cidade, a Comercial AM, ela voltou ao tema e avisou que “é fundamental ter muita calma nessa hora” e que o momento do país pede união, independente de preferências pessoais ou partidárias. “Esse método de usar a crise como mecanismo para chegar ao poder é uma versão moderna do golpe” disse. Perto dali, na capital paulista, o ex petista Hélio Bicudo (foto), de 93 anos, decidiu contestar a presidente. Para ele, “esse negócio de falar que é golpismo, é golpismo de quem fala. Estamos agindo de acordo com o que a constituição diz’. Ele defendeu a convocação de novas eleições no país. “Temos que ter eleições livres e gerais para escolher um novo presidente”. Bicudo, que foi um dos fundadores do PT, recolheu assinaturas com o jurista Miguel Reale Jr e com professora de Direito da USP, Janaína Pascoal e foi a um cartório reconhecer firma do documento que pede o impeachment da presidente Dilma. O problema fica para o Congresso resolver.