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Dilma enfrenta Lula e PT para manter Levy no governo

Paulo César de Oliveira
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Pressionada pelo ex-presidente Lula da Silva e pelo presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, a demitir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a presidente Dilma precisou reafirmar o seu apoio ao ministro para acalmar os ânimos. Em entrevista coletiva ontem (18) em Estocolmo, na Suécia, a presidente Dilma disse que o presidente do PT pode ter a opinião que quiser, “mas não é a opinião do governo”. Questionada sobre a permanência de Levy no governo, ela foi categórica ao afirmar que “o ministro Levy fica. Se ele fica, é porque concordamos com a política econômica dele”. O comentário da presidente Dilma foi em resposta à declaração de Rui Falcão de que devem ocorrer mudanças na política econômica e que Levy deveria sair do governo, se não concordar. Antes de viajar para Estocolmo, a presidente Dilma recebeu um irritado Joaquim Levy, no Palácio do Planalto. Ele teria cogitado sair do governo devido as constantes críticas do ex-presidente Lula, que também defende a saída do ministro da Fazenda. Dilma (foto) negou que Levy tenha entregado o cargo nessa conversa. Segundo ela, os dois discutiram quais serão os próximos passos e qual a estratégia que será usada para garantir a aprovação das medidas de controle fiscal, que tramitam no Congresso Nacional. Dilma negou ainda que o ex-presidente Lula tenha feito a ela qualquer pedido para trocar o ministro da Fazenda. “Ele nunca me pediu nada. O presidente Lula quando quer alguma coisa não tem o menor constrangimento em falar comigo”, afirmou.

 

Sem acordos com Cunha, apesar de Lula articular

A presidente Dilma afirmou também, em Estocolmo, que “lamenta” as denúncias envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Questionada se as denúncias contra Cunha causavam constrangimento ao Brasil no exterior, Dilma respondeu que “ seria estanho se causasse. Ele (Cunha) não integra meu governo, eu lamento que seja com um brasileiro”. Ela negou que membros do governo tenham procurado o presidente da Câmara para negociar um acordo para garantir a governabilidade e garantiu que não houve acordo entre os chefes dos dois poderes, Executivo e Legislativo, por mais estabilidade política, mas acusou “a oposição” de ter firmado um entendimento com Cunha. “Eu acho fantástico essa conversa de que o governo está fazendo acordo com quem quer que seja”, disse a presidente, que provocou dizendo que “o acordo de Eduardo Cunha não é com o governo, era com a oposição. Era público e notório. Até na nota aparece”. Logo após a entrevista da presidente Dilma, a fala dela “ lamento que seja com um brasileiro”, imediatamente ganhou as redes sociais e virou meme.

 

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