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Dilma está bem e garante a Renan que irá ao Senado

Paulo César de Oliveira
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Após uma reunião no Palácio da Alvorada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ontem que a presidente afastada Dilma Rousseff está “bem e animada” a seis dias do início do julgamento final do processo de impeachment. O peemedebista relatou que Dilma confirmou a ele que comparecerá ao Congresso Nacional para se defender no processo de afastamento e que se colocará à disposição para responder a eventuais questionamentos. No encontro, ele deu detalhes à petista de como será o julgamento final do impeachment no Senado. O julgamento de Dilma está marcado para começar na próxima quinta-feira (25). Segundo o cronograma do processo, ela deverá comparecer ao Senado na segunda (29). “A presidente vai comparecer, vai ficar à disposição para responder qualquer pergunta. E, do ponto de vista pessoal, como sempre, ela está muito bem, animada”, destacou Renan (foto) ao final do encontro no Alvorada.

 

Encontro acompanhado por testemunha

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa acompanhou a reunião na residência oficial. Ele foi escolhido pela defesa da presidente afastada, comandada pelo ex-ministro José Eduardo Cardozo, para ser uma das testemunhas de defesa no julgamento. Além de Barbosa, outras cinco testemunhas foram arroladas pela defesa da petista. Já a acusação listou duas testemunhas. O depoimento das testemunhas é a primeira etapa do julgamento, prevista para ser concluída na sexta-feira (26). No entanto, existe a possibilidade de os depoimentos se estenderem e a etapa avançar pelo final de semana para que Dilma possa ser ouvida na segunda-feira.

 

Para Lula, Dilma vai se encontrar com Judas

Em entrevista à rede britânica BBC, o ex-presidente Lula disse que a presidente Dilma irá se “expor corajosamente” no Senado para que “Judas Iscariotes” possa acusá-la frente a frente. O ex presidente não identificou quem são os Judas no processo, muito embora se possa imaginar que sejam alguns ex-ministros que Dilma, segundo seus assessores, pretende provocar diretamente, lembrando o envolvimento deles com os atos de governo. Na entrevista Lula disse ainda que não está preocupado com o julgamento do Senado. Para ele, o que vale é o julgamento da história, que normalmente demora muito. “A história não termina no dia 29. Ela começa no dia 29”. Lula, que aproveitou a entrevista para se defender, afirmando que não há qualquer prova das acusações contra ele, garantiu que trabalha para o julgamento da história, que às vezes demora séculos.

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