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Dilma fala de consequências políticas não previstas após o seu impeachment

Paulo César de Oliveira
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A destruição do PSDB e o surgimento da extrema direita foram consequências políticas não previstas do impeachment, segundo Dilma Rousseff (foto), durante a sua participação ontem à noite, do encontro promovido por parlamentares petistas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Dilma falou para plateia formada, principalmente por mulheres, que “o que estava previsto no cardápio era a destruição do PT e do presidente Lula” e em tom grave acrescentou que “se é possível tirar uma presidente da República, tudo é possível”. No seu entendimento, os “golpistas”, subestimaram a instabilidade e o conflito entre os Poderes que se seguiram após a sua saída. Dilma também saiu em defesa de Lula e afirmou que se a segunda instância confirmar a sua condenação, será uma perseguição política, porque ele ficará impedido de disputar eleições.

 

Manifestações, insultos e empurrões

Manifestantes pró e contra a ex-presidente Dilma Rousseff trocaram insultos e empurrões durante a passagem de Dilma pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A confusão começou no Hall das bandeiras e se estendeu até o auditório onde a petista participava de uma audiência pública para debater a participação da mulher na política. Um pequeno grupo ligado ao Patriotas levou uma faixa pedindo a cassação de petistas e vários bonecos do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Irritada, uma manifestante pró-Dilma tomou a faixa e iniciou o tumulto gravado e postado nas redes sociais por vários participantes dos atos pró e contra Dilma. De um lado os gritos eram de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” e “Dilma na cadeia”. A resposta do outro lado era de “Fascistas, racistas. Não passarão” e “Dilma, guerreira do povo brasileiro”.

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