Blog do PCO

Dilma fez o que dela se esperava: negou acusações de propina

Paulo César de Oliveira
COMPARTILHE

A presidente afastada Dilma Rousseff (foto) demonstrou indignação ao reagir ontem, através de nota, às acusações de que teria tratado pessoalmente de recursos de caixa 2 para sua campanha de reeleição em 2014. A revelação constaria do depoimento da delação premiada de Marcelo Odebrecht. Segundo informações da revista IstoÉ, em matéria publicada na edição desta semana, o diálogo entre a presidente afastada e o empresário teria ocorrido entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais de 2014. Marcelo Odebrecht teria procurado Dilma para confirmar um pedido feito pelo ex-ministro das Comunicações Edinho Silva, à época um dos coordenadores financeiros da campanha, de doação, “por fora”, de R$ 12 milhões para pagamento do marqueteiro João Santana. Segundo o presidente da Construtora Odebretch,condenado na Lava Jato, ao ser perguntada se o pedido deveria ser atendido, Dilma disse “é para pagar”. Na nota divulgada ontem a presidente nega o diálogo e volta a criticar a divulgação de informações sobre depoimentos feitas de maneira “seletiva, arbitrária e sem amparo factual”. Dilma acusa a imprensa de falta de compromisso com a verdade e anunciou que tomará medidas jurídicas para “reparar os danos provocados pelas infâmias” lançadas contra ela.

 

Sem avião da FAB para viajar, Dilma vai usar tv pública para se defender

Depois da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), autorizando a volta do jornalista Ricardo Melo ao comando da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), um novo imbróglio jurídico tomará conta da empresa a partir deste domingo com a decisão do recém retornado diretor de que a presidente afastada, Dilma Rousseff, seja entrevistada na TV Brasil, às 17 horas. O problema é que o entrevistador será o jornalista Luiz Nassiff, que teve o seu contrato com a EBC, de R$ 761,58 mil por ano, suspenso por Laerte Rímoli, que havia sido nomeado pelo presidente em exercício, Michel Temer, para comandar a estatal, mas acabou afastado pelo ministro Dias Toffoli, do STF, na última quinta-feira, que determinou o retorno de Melo. Para o Palácio do Planalto, a decisão de Ricardo Melo de autorizar a realização da entrevista por Nassif com Dilma deixará claro ao plenário do Supremo, quando for analisar a liminar, o propósito da “administração petista de usar a TV pública como palanque da presidente afastada”. Ricardo Melo foi nomeado uma semana antes de Dilma ser afastada pelo Senado e empossado dois dias antes de ela deixar o Planalto, para um mandato de quatro anos. Já na primeira semana de governo, Temer exonerou Melo e nomeou Laerte Rímoli para o cargo. O ex-presidente da EBC recorreu ao STF e, na quinta-feira, conseguiu uma liminar do ministro Dias Toffoli para retornar ao cargo.

COMPARTILHE

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

News do PCO

Preencha seus dados e receba nossa news diariamente pelo seu e-mail.