Assunto que está dando o quer falar nas redes sociais é a indicação de Dilma Rousseff (foto) do jovem Ricardo Fenelon, 28 anos, genro do senador Eunício Oliveira (PMDB do Ceará) para um dos cargos de diretor da Agência Nacional de Aviação (ANAC). A Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves contestou, nessa quinta-feira, a indicação. As decisões sobre o setor aéreo brasileiro estão suspensas há quatro meses. Qualquer definição de estratégias sobre regulação, investimentos e segurança é tomada pelos cinco diretores da Agência Nacional de Aviação Civil. E qualquer nova regra precisa ser aprovada por, pelo menos, três votos. Mas os mandatos foram acabando e, desde março, apenas dois estão no cargo. Um dos que saíram foi Carlos Eduardo Pellegrino, oficial-aviador formado pela Força Aérea. Pellegrino tem 32 anos de experiência, inclusive no Cenipa, o Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Na Anac, ocupou cargos ligados à segurança antes de se tornar diretor. Um currículo à altura dos dirigentes de agências de aviação de outros países. Já Fenelon, quando era estudante, fez dois estágios: um na Procuradoria da agência e outro no Juizado Especial que atende passageiros com problemas no aeroporto de Brasília. Ao todo, um ano e meio de atuação. Para refrescar a memória: a indicação veio após a presidente ter ido ao casamento do jovem com a filha do senador. Parece brincadeira, mas infelizmente não é. Isto é o Brasil. A nomeação de Ricardo Fenelon depende da aprovação do Senado depois de uma sabatina que ainda não foi marcada.