Discurso de Dilma dá ênfase ao salário mínimo

A presidente Dilma (foto) falou aos brasileiros na manhã de ontem (1º), mas optou por utilizar vídeo divulgado nas redes sociais. Ela saudou os trabalhadores pelo seu dia - o 1º de Maio, e destacou a importância do salário-mínimo para a mudança da economia brasileira nos últimos anos. A partir de 2003, o Brasil adotou uma forte política de valorização do salário mínimo que, após 12 anos, não deixa dúvida sobre os resultados positivos. O valor atual de R$ 788 é o maior em termos reais desde 1983 e tem o melhor poder de compra desde o início do Plano Real. O crescimento se explica pelo aumento real de 76% do valor do mínimo desde 2003 – quando o valor era de R$ 200. Segundo o Dieese, um total de 46,7 milhões de brasileiros têm, atualmente, rendimentos que são corrigidos com base no salário mínimo. Outra medida, de acordo com a presidente, foi o envio ao Congresso da proposta para correção da tabela do Imposto de Renda. “Com ela o trabalhador terá seu salário preservado e não irá pagar um imposto maior. Tudo isso vem garantindo um Brasil mais justo”, assegurou Dilma Rousseff. A presidente divulgou ainda dois outros vídeos. O primeiro ressaltando a importância do diálogo sem violência entre o Estado e a sociedade- numa crítica velada ao governador Beto Richa, do Paraná, por causa do episódio envolvendo a polícia e professores em greve- e outro com posicionamento sobre o projeto da terceirização. A presidente é contra o projeto. Os pronunciamentos pelas redes sociais quebraram a tradição do Presidente da República falar ao país através de cadeia nacional de rádio e televisão, saudando os trabalhadores A oposição criticou esta quebra. Também pelas redes sociais o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, disse que este será conhecido como o 1º de Maio da vergonha. Para ele, a presidente não teve coragem de enfrentar os trabalhadores para dizer que eles terão que arcar com a parte mais dura do ajuste fiscal.