Enquanto Jair Bolsonaro segue na secretaria onde vai colocar tornozeleira eletrônica por determinação do STF, os aliados mobilizam discursos inflamados contra a operação da Polícia Federal. Para Eduardo Bolsonaro (foto/reprodução internet), a ação foi uma retaliação direta ao vídeo em que seu pai agradece o apoio de Donald Trump. Em postagem em inglês em seu perfil no X, ele afirmou que Alexandre de Moraes “dobrou a aposta”. Flávio Bolsonaro seguiu o roteiro, falando em “humilhação proposital”, sugerindo que o STF agiu de forma ardilosa ao deflagrar a operação no recesso parlamentar. “Proibir o pai de falar com o próprio filho é o maior símbolo do ódio que tomou conta de Alexandre de Moraes para tomar medidas totalmente desnecessárias e covardes”, escreveu ele. Já Valdemar Costa Neto, presidente do PL, emitiu nota oficial em que classificou a decisão como “desproporcional” e expressou “repúdio”.
Em comum, todos silenciam sobre os motivos que levaram à operação: suspeitas de coação no processo, obstrução à Justiça, ataque à soberania nacional e a apreensão de quase R$ 90 mil em espécie na casa do ex-presidente (US$ 14 mil e R$ 8 mil), valores apreendidos.