Dois senadores de Minas na lista dos delatores. Aécio é o campeão de processos

A chamada “lista do fim do mundo”, ou ‘lista do Fachin’, divulgada ontem, após a liberação do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, no Supremo Tribunal Federal. Não trouxe maiores surpresas. A quase totalidade dos políticos citados nas delações dos executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht frequentavam, desde o inicio, os noticiários de dezenas de vazamentos que ocorreram desde que os depoimentos dos empresários. De Minas aparecem os senadores Aécio Neves (foto) e Antonio Anastasia, o deputado federal Dimas Fabiano, o empresário Oswaldo Borges da Costa e o marqueteiro das campanhas do PSDB mineiro, Paulo Vasconcelos. Aécio e o também senador Romero Jucá, de Roraima, serão investigados em cinco inquéritos autorizados pelo ministro Fachin. Renan Calheiros será investigado em quatro. Ao todo o ministro relator mandou investigar 8 ministros do governo Temer, 40 deputados e 24 senadores, além de outras pelo menos duas dezenas de outros citados nas delações que serão investigados em outras instâncias. Todos são acusados de corrupção, ativa e passiva, lavagem de dinheiro e outros crimes pelo Ministério Público Federal. Todos os acusados, como esperado, negam os crimes. O que se espera é que as investigações não se arrastem e que todos os culpados sejam punidos. Mas atenção: não criem expectativas. Este será um processo longo.