O governador de São Paulo, João Doria (foto), se apresentou ontem no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, como pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, falando do exemplo de políticos mineiros. De Juscelino Kubitschek, passando por Tancredo Neves e Itamar Franco, Doria falou dos políticos mineiros e da sua própria experiência na política, como prefeito e agora governador de São Paulo. Ele lembrou que passou por duas prévias no partido, em 2016 para a prefeitura de São Paulo e em 2018, quando venceu o processo interno e o PSDB saiu unido. Agora, ele vai de novo às prévias, “com respeito e humildade”. Por isso acredita que partido, após escolher o seu candidato à presidência da República, em novembro, vai seguir unido. Isso, segundo Doria, é democracia. Ele quer se colocar como o melhor nome para a disputa, porque entende que o melhor para o Brasil não é os extremos.” Não é o Brasil de Bolsonaro, ou o Brasil de Lula”. Para ele, o Brasil sofreu demais nos 13 anos de administração do PT, “o que levou o brasileiro a eleger a pessoa errada, a tomar o remédio errado,” que levou o Brasil, mais uma vez a caminhar por uma estrada desastrada. “Não tenho medo nem de Lula, nem de Bolsonaro” , afirmou para completar que aprendeu desde cedo a ter lado e o seu lado é o Brasil. “Temos que ter coragem pra mudar o Brasil”. Ele lamentou que ao eleger Bolsonaro o que “vimos foi alguém que não fez nada do que prometeu” e citou o caso das rachadinhas, envolvendo os filhos do presidente, afirmando que “ao invés de termos um líder, tivemos um negacionista, que chamou a população de maricas, covardes e tirou máscaras de crianças. Doria lembrou que se não fosse o esforço feito pelo governo de São Paulo para que houvesse vacina para a população, a vacinação só teria sido iniciada em abril, o que acarretaria mais mortes do que as 600 mil que aconteceram até agora. Ele disse ter tomado medidas drásticas, como a quarentena. Sofreu críticas, inclusive de amigos. Mas ele priorizou a vida, “eu quero a vida”. Por causa do bom relacionamento com a China e com um escritório do governo de São Paulo no país asiático, Doria disse ter conseguido fechar a parceria entre o Butantan e a China para a produção da Coronavac. Esse é um dos seus trunfos para mostrar aos brasileiros o que ele pode fazer pelo país. Além disso, Doria disse que desde o início defendeu a desestatização e que, se chegar à presidência da República, pretende continuar nessa linha e privatizar até mesmo a Petrobras. Da sua gestão em São Paulo, lembra da reforma administrativa, que significou colocar mais 50 bilhões de reais nos cofres do Estado ao cortar a gordura ruim e da reforma da Previdência. Disse ainda que está com oito mil obras em andamento, entre rodovias, estradas vicinais e outros projetos. Antes de participar do Conexão Empresarial, Doria esteve com o governador Romeu Zema, com quem diz manter um bom relacionamento. O acompanharam nos seus contatos em Minas o ex-governador da Bahia, Antônio Imbassay, o coordenador das prévias do PSDB, Wilson Pedroso e os deputados federais, Domingos Sávio (MG) e Samuel Moreira (SP). Pelo menos 15 prefeitos do PSDB, além do prefeito de Betim, Vittorio Medioi participaram do evento promovido pela VB Comunicação.