Preso na retórica da gripezinha e no discurso anti-China, Bolsonaro (foto), se não chamar um grupo de gestão de crise, pode vir a ser engolido por ela. A população, coitada, não tem culpa. Quando, na sanha (justa, mas exagerada) contra a corrupção, votou-se em um cidadão com visíveis limitações intelectuais, jactava-se de falar grosso com as mulheres, dizia besteiras agressivas a torto e a direito, exaltava o regime militar, não se imaginava que teríamos uma pandemia pela frente, que exigiria alguém com capacidade de liderança e com apanágios dignos da missão. Está aí o resultado. Por isso, a partir de agora, é bom sempre colocar o pior cenário e depositar o voto em quem pode lhe tirar do apuro. Por enquanto, como se vê, não é esse daí. Tá ok?