O ministro Dias Toffoli (foto), presidente do STF, disse ontem, categoricamente, que o impeachment de Dilma e a prisão de Lula ocorreram de acordo com a Constituição e as leis do país. “Temos passado por episódios turbulentos nos últimos anos. Investigações envolvendo a classe política”, disse Toffoli, em artigo publicado na versão digital brasileira do jornal espanhol El País. “Impeachment de uma presidente da República. Cassação de um presidente da Câmara dos Deputados. Condenação e prisão de um ex-presidente da República. Todos os impasses foram resolvidos pelas vias institucionais democráticas, com total respeito à Constituição e às leis.” E agora PT, onde estão os golpes?
Abandona da cartilha
Toffoli já havia assustado o PT ao propor um grande pacto republicano ente os três Poderes para tirar o país da crise. O ministro foi advogado do PT e advogado-geral da União no governo Lula, que o indicou como ministro do STF. Aliás, esse pacto para ajudar a administração de Jair Bolsonaro não foi o primeiro sinal de que Toffoli não lê mais na cartilha petista. Quando assumiu a presidência da Suprema Corte, ele avisou ao ex-chefe que não pautaria para este ano a discussão das ações que questionam a prisão em segunda instancia de Lula ano.