E agora tucanos?

No mesmo dia em que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, irritou o Planalto, ao confirmar que o PSDB sai do governo após ele assumir a presidência do partido, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (foto), deu o troco. Em conversas com jornalistas nessa quinta-feira, Padilha disse que o PSDB não integra mais a base aliada do governo do presidente Michel Temer. Ele afirmou, no entanto, que ministros do partido podem permanecer nos cargos. “O PSDB não está mais na base de sustentação do governo”, disse. Questionado sobre a situação dos ministros de governo que são do PSDB, entre eles Antonio Imbassahy, que é responsável pela articulação política, Padilha frisou que essa é uma decisão do presidente, e que nada impede que ministros do partido permaneçam no governo como parte da “cota pessoal” de Temer. Ao ser indagado se a reforma da Previdência estaria comprometida com a saída dos tucanos do governo, Padilha disse que, pela posição histórica do PSBD em relação à reforma, o partido deve ser favorável à proposta. “O PSDB, desde o início em que esteve participando integralmente do governo, tinha compromisso com a reforma da Previdência e não me consta que eles tenham deixado de tê-lo. A gente conta que eles mantenham o compromisso”, disse Padilha.