A eleição de João Doria no primeiro turno em São Paulo está causando uma verdadeira implosão no partido. Se de um lado o governador Geraldo Alckmin se cacifa para a disputa à presidência em 2018, de outro esbarra nas pretensões do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e do presidente nacional do partido, senador Aécio Neves. Os dois também querem disputar a presidência. Um grupo abriu dissidência durante a campanha eleitoral de Dória e sequer o cumprimentou pela vitória. E isso é só o princípio de uma batalha que promete fortes emoções no ninho tucano.
Prévias para 2018
Prevendo dificuldades à vista, o senador Aécio neves, defendeu ontem, em Belo Horizonte, a realização de prévias para a escolha do nome que será defendido pelo PSDB em 2018. Para ele, o candidato do partido será aquele que tiver mais condições de unificar a legenda em todo o país. Depois da onda vermelha, o país vive, segundo o senador mineiro, uma onda azul. Para ele “a derrota do PT é tão expressiva quanto a vitória do PSDB”. O partido teve um crescimento de mais de 15% no número de prefeituras, passando de 686 prefeituras para 791. O PT, que tinha 630 prefeituras, elegeu apenas 236 prefeitos.