O ministro Alexandre de Moraes (foto), às vezes, diz coisas inconvenientes. Muitos querem vê-lo distante do Ministério da Justiça. Será difícil, porém, afastá-lo do cargo, nesse momento em que lidera as novas disposições governamentais. Vale lembrar que Alexandre é um tucano muito próximo a Geraldo Alckmin que, por sua vez, olha com desconfiança para os avanços de Aécio Neves na estrutura de governo. É certo que os tucanos terão maior inserção na estrutura governamental. Isso já está acertado. Aécio ganha mais força. O deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA) será o secretário do governo, encarregado da articulação política. Um perfil qualificado. Enquanto isso, na ausência de outro nome, Lula vai presidir o PT para que volte, com toda a força, a fazer sua perambulação pelo Brasil, para recuperar a confiança do povo no seu ídolo de barro e, por via de consequência no próprio PT. Ele diz isso na maior cara de pau, tentando apagar da história o maior rombo das contas públicas já feito no país, no ciclo de 13 anos do PT no poder. De quebra, conta, ainda, com alguns quadros do PT, que se escondem em guetos da estrutura governamental. Muitos disfarçam suas identidades. Fala-se que alguns ocupam até altos cargos como presidência e vice-presidências de bancos estatais. Daqueles 25 mil petistas que se alojaram na máquina, ainda restam uns 5 mil atrelados às tetas do Estado.