Parlamentares ligados ao setor empresarial e ao agronegócio estão querendo se adiantar a reforma administrativa pretendida pelo governo e colocar na pauta do plenário a votação da Pec de 2020, do governo Bolsonaro, que trata do tema. Eles pretendem flexibilizar a estabilidade de servidores públicos. O ministro Fernando Haddad (foto/reprodução internet) sinalizou que pretende conversar com os deputados, mas no governo Lula, muitos são favoráveis a pontos da proposta de reforma administrativa apresentada ao Congresso Nacional pelo governo Bolsonaro.
Driblando o cerco do Centrão
O grupo de trabalho que está sendo montado para discutir a reforma administrativa no governo Lula deve ter duração de 90 dias, prazo que serve para os ministérios envolvidos (Fazenda, Gestão, Planejamento e Casa Civil) debaterem o tema e que permite ao Senado concluir a votação da reforma tributária. Na prática, isso empurra qualquer discussão mais aprofundada sobre a modernização do serviço público para 2024 —ano eleitoral, o que já diminui apoio ao tema, considerado impopular.