A inação do presidente da Câmara, Arthur Lira (foto/reprodução internet), em relação às 97 Propostas de Fiscalização e Controle (PFCs) apresentadas por deputados desde o início do governo Lula levanta questões sobre a transparência legislativa. Essas propostas, que visam investigar irregularidades na administração pública, estão paralisadas aguardando o despacho de Lira, que não se manifestou sobre o motivo da sua omissão.
As demandas abarcam desde solicitações de membros do PL até do PT, evidenciando uma preocupação bipartidária com a fiscalização. Entre as propostas pendentes, destaca-se um pedido de investigação sobre licitações superfaturadas no Ministério de Direitos Humanos e outra que busca vincular a venda da Refinaria Landulpho Alves às joias ofertadas a Jair Bolsonaro pela Arábia Saudita.
Além disso, outras propostas foram retiradas antes de tramitar, revelando uma possível desmotivação dos parlamentares para tocar esses assuntos. Essa estranha conivência em não dar prosseguimento a essas fiscalizações indica uma falta de comprometimento com a accountability na gestão pública.