Nesse domingo (19), nas duas vezes em que João Doria Jr. chamou o ex-presidente Fernando Henrique (foto) para falar no seminário no Fórum de Comandatuba ele foi aplaudidíssimo e de pé. FHC fez as suas críticas e até chamou a atenção do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, para a necessidade da reforma política e de outras reformas necessárias para o desenvolvimento. FHC também criticou Dilma por manter até hoje os 39 ministérios, dizendo que ninguém consegue administrar tanta gente, além de ser dinheiro jogado fora. Além do ex-presidente brasileiro participaram do Fórum de Comandatuba os ex- presidentes do México, Vicente Fox, do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Ferreira, e da Bolívia, Jorge Quiroga.
Homenagens a JDJ
O jornalista e empresário João Doria Jr. teve seu coração colocado à prova ontem pela manhã, quando Viviane Senna depois de mostrar o trabalho do Instituto Ayrton Senna – que já teve mais de trinta milhões arrecadados nos 14 Fóruns de Comandatuba – chamou JDJ e entregou-lhe um capacete usado por Ayrton Sena. Os olhos dele lacrimejaram. À tarde foi a vez do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, fazer a entrega do diploma simbólico do deputado João Doria, que foi cassado pela revolução. JDJ também se emocionou. Com certeza homenagens justíssimas que foram muito aplaudidas. Haja coração.
Homem educado, mas de posições firmes
O deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, era das presenças mais esperadas do Fórum. Numa das inúmeras todas de conversas de que participou, ele foi perguntado sobre se o jantar que a presidente Dilma ofereceu a ele e à sua mulher Claudia Cruz, no Palácio da Alvorada, teve algum desdobramento político. Ele foi curto e grosso: “absolutamente, eu sou homem educado mas as minhas posições não mudam por isso. Como presidente de um Poder tenho que conversar, afinal estamos numa séria crise política”. Dos deputados federais de Minas um dos mais próximos a Eduardo Cunha é o deputado Leonardo Quintão que está no Fórum com sua bonita mulher Poliana.
FHC critica precipitações de seu partido
O ex-presidente Fernando Henrique considera uma precipitação a anunciada tentativa de seu partido, o PSDB, de propor o impeachment da presidente Dilma. As lideranças “tucanas” no Congresso estão dispostas a levar adiante o pedido de impedimento da presidente, mesmo com a resistência de Eduardo Cunha, do PMDB, presidente da Câmara dos Deputados, em aceitar a proposta. Sem citar diretamente o PSDB, Fernando Henrique entende que não faz sentido os partidos defenderem impeachment, enquanto não houver decisões de tribunais que condenem a presidente por irregularidades. Este, para o ex-presidente, em entrevista ontem estava no Fórum de Comandatuba, na Bahia, é o procedimento a ser seguido dentro das regras democráticas que precisam ser respeitas. “Fora disto é precipitação”. O ex-presidente teve o mesmo comportamento quando do mensalão, impedimento que o seu partido tentasse tirar Lula do poder.