A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro tem dois responsáveis que se destacam: o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Nikolas Ferreira. Flávio, que começava a engatinhar como nome viável da família para a corrida presidencial de 2026, acabou sendo personagem central na decisão que tirou o pai de cena. Seu “erro” foi republicar nas redes sociais um discurso inflamado de Bolsonaro, descumprindo medidas cautelares e provocando a reação do STF. Moraes mencionou Flávio 17 vezes no despacho e apontou uma ação orquestrada dos filhos do ex-presidente para burlar restrições judiciais. Após apagar o post, o senador minimizou o episódio com a pergunta: “Qual o problema de fazer saudação para rede?”. Ao que tudo indica, o problema foi suficiente para tornar ainda mais improvável a continuidade do clã Bolsonaro na linha de frente da disputa eleitoral.
Nikolas Ferreira, por sua vez, fez orgulhosamente uma videochamada com Bolsonaro em pleno ato público. Moraes considerou que o ato ajudou a “endossar ataques ao Supremo”, ao mostrar Bolsonaro ao vivo e ironizar sua condição: “Ele não pode falar, mas pode ver”. (Foto/reprodução internet)