O pedido de demissão de Henrique Eduardo Alves (foto), do PMDB do Rio Grande do Norte do comando do Ministério do Turismo, não foi motivado apenas pelas denúncias de Sérgio Machado de que ele, assim como diversos outros “caciques” peemedebistas, recebera propina do esquema Petrobras. Além da denúncia de Machado, teriam chegado ao Palácio do Planalto informações de que autoridades policiais identificaram contas secretas do peemedebista no exterior. O caso segundo investigadores da Lava Jato, é semelhante ao do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As supostas contas do ex-ministro fora do país foram rastreadas pelo grupo de trabalho da Lava Jato que atua na Procuradoria Geral da República (PGR) e por investigadores suíços. O grupo de trabalho é formado por procuradores da República e promotores do Ministério Público do Distrito Federal que auxiliam o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos casos envolvendo políticos com foro privilegiado suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras.Por meio de nota, Henrique Alves disse refutar “qualquer ilação a respeito de contas no exterior” em seu nome e afirmou que nunca foi citado a prestar esclarecimentos. Ele também declarou estar “à disposição da Justiça”. Terceira baixa do governo Michel Temer em pouco mais de um mês, Henrique Alves pediu demissão nessa quinta-feira (16). Alvo de dois pedidos de abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro do Turismo foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O novo delator da Lava Jato relatou ter repassado a Henrique Alves R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014. Com informações de Cristiana Lobo, do Portal G1.