O ministro Gilmar Mendes (foto) foi eleito, ontem, presidente da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, responsável pelos processos da operação “Lava Jato” que estão na Corte. Ele assume a partir da próxima terça-feira (31/5) e sucede o ministro Dias Toffoli, que ficou dois anos no cargo, como manda o Regimento Interno. Durante esse período, disse Toffoli, o colegiado julgou 7,2 mil processos. Dos habeas corpus julgados, 20% foram concedidos, completou. Pela regra do regimento, as turmas são sempre presididas pelo membro mais antigo do colegiado. Portanto, o sucessor de Toffoli deveria ser o ministro Celso de Mello, mas ele declinou do cargo, como faz há anos. Voltou, então, a vez do ministro Gilmar, que acumulará o cargo com a presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Ontem o ministro comentou a gravação que derrubou o ministro do Planejamento, Romero Jucá. Gilmar afirmou não ter visto, na conversa do agora senador Jucá, com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, qualquer tentativa de obstruir a Operação Lava Jato. Segundo ele, são comuns as gravações em que aparecem pessoas dizendo ter condições de segurar a operação. “Virou um mantra, um enredo que se repete, pode deixar que resolvo”, disse Gilmar Mendes.