Para muitos governadores, 2018 será um ano especialmente difícil, tão ou mais do que 2017 e 2016. Um dos maiores problemas tem sido manter o pagamento da folha de servidores públicos, mesmo com atrasos e escalonamentos, para assegurara manutenção dos serviços essenciais. O professor de Finanças Públicas da Universidade de Brasília, José Matias Pereira (foto), entende que não há nenhuma fórmula mágica. Para ele, os governadores precisam readequar os orçamentos dos estados, reduzir todas as despesas e acabar com o desperdício, que ao lado da corrupção é um dos principais obstáculos para o controle das contas públicas e a retomada do crescimento. O governador Fernando Pimentel (PT), que passou os últimos três anos buscando alternativas para reforçar o caixa do Estado, começa 2018 com autorização da Assembleia Legislativa para negociar a sua dívida com a União e para vender ações da Codemig. O aumento na alíquota do ICMS dos combustíveis também vai reforçar o caixa do Estado, mas ainda não se sabe se essas medidas serão suficientes para ajustar as contas e garantir recursos para investimentos, neste que é um ano para prestar contas ao eleitor.