Os auditores da Receita Federal têm nova rodada de negociação com o governo nesta quinta-feira (21). Os servidores têm realizado o que chamam de ”operação padrão”, desde o início do ano passado. Com a mobilização o governo deixou de arrecadar cerca de R$ 43 bilhões. de agosto a dezembro de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014. Representantes dos servidores foram chamados pelo Ministro do Planejamento, Valdir Simão (foto), e a expectativa é a de que o governo apresente “uma proposta condizente com seus anseios e que inclua os itens em negociação, que não tratam apenas de um reajuste salarial digno, mas também da pauta não remuneratória que contém importantes medidas de valorização da Classe”. Para o Sindfisco nacional, “o momento é de extrema importância e, por este motivo, o Sindicato conclama os Auditores a se manterem mobilizados, a exemplo das diversas manifestações que vêm sendo realizadas para pressionar o Governo pela valorização do cargo”. Entre os itens da pauta de reivindicação está o pagamento de 90% do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal para o topo da carreira de auditor fiscal.
Fiscais do estado ameaçam cruzar os braços
A decisão do governador Fernando Pimentel de parcelar os salários dos servidores do Estado com salários líquidos acima de 6 mil reais não foi bem recebida pelos fiscais do Estado. A categoria está entre os 8% dos servidores estaduais que receberão o salário em três parcelas nos meses de fevereiro, março e abril e com isso, os auditores da Secretaria da Fazenda de Minas Gerais ameaçam entrar em greve por três meses, a partir de fevereiro. Os auditores são os responsáveis pela fiscalização do pagamento de impostos e cobrança de tributos em atraso. Na semana passada o Sindifisco/MG entrou com mandado de segurança contra a decisão do governo. Para representantes dos servidores, a decisão do governo vai dividir o movimento do funcionalismo, que deve fazer as paralisações por setores. Para o diretor-político do Sindicato do Sindipúblicos, Geraldo Antônio da Conceição, “isso desmobilizou o conjunto dos servidores, que já se preparavam para protestar contra o governo depois do atraso ocorrido em janeiro”. A justificativa do governo para o parcelamento é o recuo na arrecadação de impostos e as péssimas condições financeiras do Estado herdadas de gestões anteriores. O déficit previsto para o ano passado nas contas públicas de Minas Gerais está previsto em R$ 10 bilhões.