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Governo vai colocar reforma da Previdência no Congresso

Paulo César de Oliveira
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Mesmo enfrentando resistência da base aliada no Congresso Nacional, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (foto), disse ontem que o Palácio do Planalto irá enviar a proposta de Reforma da Previdência ao Congresso ainda neste mês. O texto prevê idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, tanto para homens como para mulheres. “O governo tomou a decisão de encaminhar ao Congresso ainda em setembro. Vamos fechar o texto, as justificativas para que o presidente possa bater o martelo”, afirmou Geddel em entrevista no Planalto. Ele acrescentou que os principais pontos já estão acertados. “Basicamente, não tem discordância”, disse. Havia uma pressão para que o projeto fosse enviado somente após as eleições municipais para evitar que os parlamentares debatessem um tema tão polêmico durante a campanha eleitoral. No entanto, segundo Geddel, Temer avaliou que o “custo-benefício” compensaria. “Fazer a Reforma da Previdência é absolutamente irreversível. O governo já tomou essa decisão”, declarou. Para articular a base, o chefe da Secretaria de Governo ressaltou que Temer já começou a procurar algumas lideranças, como o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB. Ele também conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RO), sobre a sua intenção de enviar o projeto neste mês. Segundo Geddel, outras pessoas ainda serão procuradas. “Vamos amarrar o melhor momento para enviar”, disse Geddel.

 

Planalto vai colocar seu peso para aprovação

Sobre a tramitação no Congresso, o ministro frisou que “todo o peso do governo” será usado para garantir e agilizar a sua tramitação. “Vamos jogar todo o peso do governo para que a tramitação seja breve”, disse. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também reconheceu que parte da base parlamentar tem uma posição diferente da do governo, mas explicou que o Planalto vai resolver isso dialogando com o Legislativo. “Nós temos na base várias posições diferentes e o objetivo agora do presidente Michel é encontrar um consenso mínimo”, disse.

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