O Governo Federal e os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo vão processar a Samarco e as empresas Vale e BHP Billiton, para que arquem com a constituição de um fundo de R$ 20 bilhões para as despesas de recuperação dos danos e revitalização das áreas atingidas pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração, no município mineiro de Mariana, que resultou no despejo de toneladas de lama ao longo de 850 quilômetros do Rio Doce nos dois estados. A ação será ajuizada na segunda-feira, pela Advocacia-Geral da União, que pedirá que a mineradora dê início à composição do fundo, que deverá ser integralizado nos próximos 10 anos. O valor, que poderá ser aumentado ao longo da ação, compreenderá uma linha de quatro ações: acabar com os danos, minimizar os impactos do desastre, revitalizar e recompor biologicamente a bacia do Rio Doce e indenizar as pessoas que foram prejudicadas. A ação foi proposta após avaliação feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Chico Mendes. De acordo com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a ação será contra a Samarco, a Vale e a empresa anglo-australiana BHP Billiton. O anúncio da ação foi feito após a presidente Dilma se encontrar, em Brasília, com os governadores Fernando Pimentel (foto), de Minas, e Paulo Hartung, do Espírito Santo.