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Grampos de Lula ficam no STF

Paulo César de Oliveira
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Os ministros do STF mantiveram, ontem, por maioria, a decisão do ministro Teori Zavascki de determinar a remessa ao Supremo dos procedimentos relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que ocorreram interceptações telefônicas autorizadas no âmbito da Operação Lava Jato, pelo juiz Sérgio Moro. Foram oito votos a favor e dois contra. A decisão de Teori (foto) foi tomada após a Presidência da República recorrer, alegando que os grampos autorizados por Moro registraram diálogos da presidente Dilma Rousseff e de outros políticos que possuem foro privilegiado, ou seja, só podem ser investigados com o aval do Supremo. A investigação contra Lula captou conversas do ex-presidente com Dilma, o ministro Jaques Wagner e deputados federais do PT. O grampo que mais irritou os governistas foi o diálogo entre Lula e a presidente Dilma, em que ela diz a Lula para usar o documento de posse na Casa Civil “em caso de necessidade”. Votaram contra o relator os ministros Luiz Fux e Marco Aurélio Mello que defenderam a permanência com Sérgio Moro dos processos contra o ex-presidente que não envolvam pessoas com foro privilegiado. O STF pode, no entanto, desmembrar o processo e devolver parte do processo à 1ª instância

 

A ministra Cármen Lúcia e o dilema de quem decide

Na saída do Supremo Tribunal Federal ontem, em Brasília, a ministra Cármen Lúcia, falava da responsabilidade dos ministros em analisar os processos devido ao acirramento dos ânimos. Em todos os locais, entre amigos, famílias, condomínios, ninguém se entende mais. Todos desconfiam de todos, segundo a ministra. Em meio a essa instabilidade política no país, os ministros trabalham para cumprir a Constituição e as decisões, nem sempre agradam a todos.

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