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Herança maldita

Paulo César de Oliveira
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Sempre que ocorre uma troca de comando na governança brasileira, os novos gestores tentam alimentar celeumas sobre aquilo que chamam de herança maldita. Agora, por exemplo, os petistas dizem que o governo Bolsonaro (foto) deixou R$ 255,2 bilhões em despesas contratadas e não pagas para 2023. Chamados tecnicamente de restos a pagar (RAPs), os valores são transferidos de um ano para outro e se transformam em um “orçamento paralelo”, competindo por espaço com os novos gastos. Como comparação, ao fim do seu segundo mandato o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou R$ 246,8 bilhões (em valores corrigidos a dezembro de 2021) em RAPs para sua sucessora, Dilma Rousseff. Já o presidente Michel Temer deixou R$ 189,6 bilhões que, com a correção pela inflação, resultam em R$ 227,4 bilhões. A novidade agora, decorre do fato de que o pacote de Haddad prevê um potencial de economia de R$ 50 bilhões neste ano, sendo R$ 25 bilhões por meio da revisão de contratos e programas (aquilo que chamamos de calote no jargão popular). Como se observa, segue tudo como dantes, no quartel de Abrantes. (Foto/reprodução internet)

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