Pressionado por bolsonaristas e observado com lupa pelo governo Lula e pelo STF, o presidente da Câmara, Hugo Motta (foto/reprodução internet), resolveu não carregar sozinho o peso da anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Em vez de pautar de imediato o requerimento de urgência apresentado pelo PL, Motta anunciou que levará a decisão ao colégio de líderes – uma forma, digamos, bastante democrática de compartilhar a responsabilidade por um tema incômodo. Com a Casa esvaziada nesta semana, ganha tempo para negociações discretas com o Planalto e o Judiciário. Enquanto isso, o requerimento já soma apoio de 264 deputados, curiosamente, boa parte de partidos com cargos no governo.