Após retomar o controle da Câmara Federal, Hugo Motta (foto/reprodução internet), enfrenta agora, a ira dos governistas, que nega a existência de um acordo para votação dos projetos de anistia aos réus dos atos golpistas de 8 de janeiro e o fim do foro privilegiado para autoridades. Hugo Motta disse que continuar dialogando, sem preconceito a qualquer tipo de pauta.
A desocupação do plenário da Câmara, obstruído por dois dias por deputados bolsonaristas em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aconteceu ainda na noite de quarta-feira.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que a bancada governista vai ingressar com representação no Conselho de Ética contra os parlamentares que ocuparam a Mesa da Câmara.
Motta nega, Sóstenes recua, Lira articula
O presidente da Câmara, Hugo Motta, frisa: a presidência da Casa é “inegociável”. A alegação se deve ao disse-que-disse da base bolsonarista, como o próprio presidente do PL, Sóstenes Cavalcante, que afirmou que a desocupação da Câmara ocorreu depois de um acordo de garantia de votação nas pautas de anistia e do fim do foro privilegiado dos parlamentares. Motta nega e afirma que a retomada dos trabalhos ocorreu sem que estivesse atrelada a pautas. No desfecho, Sóstenes recuou de sua versão, pediu desculpas públicas a Motta e atribui a confusão ao “auge da emoção”.
Curiosamente, o encontro decisivo para convencer a oposição a desocupar a Mesa não aconteceu com Motta, mas no gabinete do ex-presidente da Câmara Arthur Lira, PP-AL.