A invasão de bolsonaristas extremistas no Congresso Nacional ontem surpreendeu algumas autoridades, mas não surpreendeu muitos políticos, que já esperavam a repetição do que aconteceu no Congresso norte americano. As instalações do prédio foram depredadas, vidraças quebradas e vários objetos destruídos. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (foto) repudiou a ação dos manifestantes e postou em sua rede social que “repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”. Ele também enviou mensagem para os senadores para que eles se manifestassem contra as invasões. Alguns manifestantes foram presos, após pressão das autoridades. O líder do governo no Congresso, senador Randolfo Rodrigues e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, pediram ontem ao procurador-geral da República, Augusto Aras, a intervenção no Distrito Federal.
Cumplicidade
Mas para alguns políticos, esse foi um ato orquestrado e já previsto, como argumentou o senador Randolfo Rodrigues, que entende que “a manifestação terrorista em Brasília já era prevista e contou com a complacência e quase cumplicidade do governador do DF, Ibaneis Rocha. Qualquer coisa que vier a acontecer com a vida das pessoas e ao patrimônio do povo brasileiro, o senhor Ibaneis será responsabilizado”. O deputado federal Mario Heringer, por sua vez, entende que “limites Constitucionais foram quebrados. Leniência clara do aparelho repressivo. Prevaricação da segurança pública de Brasília é evidente. Ou se coloca freio agora ou não reclamemos depois. Democracia tem regras, limites e freios. Usemos!” (Foto/reprodução internet)
