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Investiga, mas não prejudica

Paulo César de Oliveira
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (foto), disse ontem que é possível investigar e punir empresas envolvidas em escândalos de corrupção sem que haja prejuízo à economia do país. Segundo ele, o combate à corrupção é indispensável e o trabalho deve ser feito com autonomia. O ministro disse também que o governo tenta impedir que a sociedade “pague a conta” dos atos criminosos. Cardozo destacou que “a exemplo de todos os outros países do mundo”, as investigações não podem atrapalhar a economia. “Temos clareza que a sociedade jamais deve ser penalizada do ponto de vista econômico. Não é justo que a sociedade pague a conta pelos atos de alguns, que devem ser punidos”, disse durante lançamento da segunda etapa de consulta sobre o Marco Civil da Internet. “O governo tem posição clara para que se evite que essas empresas, que podem continuar atuando e podem ser importantes para a economia do país, tenham suas atividades atingidas”, acrescentou.

 

Ministro acha que o PT é que descobriu a corrupção

Sobre o relatório anual da organização Transparência Internacional divulgado esta semana que aponta o aumento da percepção da população sobre a corrupção no país após denúncias na Petrobras, Cardozo voltou a comparar a corrupção a um tumor. “Os governos Lula e Dilma não agiram para esconder o tumor, mas para expô-lo. Esse é um ônus que todos correm quando a corrupção é descoberta. Ou seja, aumenta-se a percepção da corrupção quando ela é combatida. Quando as pessoas acobertam a corrupção, a percepção é de que ela não existe. A corrupção é percebida porque o governo não se acumplicia com a corrupção”. Para Cardozo, desde o mandato do ex-presidente Lula, o governo tem tornado “nua” a corrupção e criado mecanismos para combatê-la. No levantamento, o Brasil aparece na 76ª posição, queda de sete posições no índice que inclui 168 países. O ranking é liderado pela Dinamarca. Os países latino-americanos considerados menos corruptos, segundo o relatório, são Uruguai (21ª), Chile (23ª) e Costa Rica (40ª).

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