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João Doria se encontra com Temer e mostra seu estilo de governar

Paulo César de Oliveira
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Após um encontro ontem com o presidente Michel Temer (foto), no Palácio do Planalto, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr., saiu otimista com relação às parcerias entre o seu partido (PSDB) e o PMDB. Segundo Doria (foto), foi selada uma união entre as duas legendas para sua gestão na prefeitura. O prefeito eleito ouviu de Temer um sinal positivo, tanto para viabilizar, nos próximos meses, a liberação de R$ 400 milhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não liberados durante o governo Dilma Rousseff, como para a manutenção da tarifa de ônibus na maior cidade do país nos atuais R$3,80. “Do ponto de vista político, acertamos selar uma união do PMDB com o PSDB para a gestão em São Paulo, através da Câmara Municipal, onde o PMDB tem dois vereadores eleitos para novo mandato, que passarão a fazer parte da nossa base política”. Dos R$ 400 milhões em recursos do PAC, Doria disse que a maior parte será destinada a programas de habitação. “Antecipamos o pleito ao presidente para que esses recursos que já são consignados para São Paulo possam ser liberados a partir de janeiro. Houve uma posição bastante favorável do presidente Temer nesse sentido”, disse Doria Jr. Segundo ele, Temer ficou de conversar com ministros para dar celeridade a esse processo. “Mas não houve compromisso determinado para o mês de janeiro de 2017”, disse.

 

Um pedido por São Paulo que Temer promete atender

Ao ser informado sobre a intenção da prefeitura de não aplicar o reajuste inflacionário à tarifa de ônibus – o que, de acordo com Doria, causaria um impacto entre R$ 500 milhões e R$ 550 milhões para a prefeitura – Temer disse que estudará o assunto com sua equipe. “O presidente e o ministro Padilha vão levar essa questão à área econômica. Não foi um pleito de São Paulo, foi um pleito por São Paulo.O transporte é um problema que afeta todas cidades. Confio que o governo federal saberá olhar isso com generosidade e, sobretudo, com sentimento social, em um país que vive lamentavelmente essa situação de desemprego”, disse o prefeito eleito. Doria disse que só na cidade de São Paulo há dois milhões de desempregados e que qualquer modificação tarifária na cidade impactaria diretamente a vida das pessoas, “sobretudo as que estão sem renda”. Segundo ele, sua gestão pensa em “várias alternativas”, além da ajuda federal, para viabilizar o não reajuste tarifário. Entre elas, destacou a redução das despesas. Outro ponto de convergência da conversa entre Doria e Temer foi a mudança da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que segundo Doria se mudará provavelmente para a região de Perus, numa área três a quatro vezes superior à que ocupa hoje.

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