Joesley Batista (foto) e o executivo da JBS Ricardo Saud serão transferidos hoje para Brasília, em um avião da Polícia Federal. Os dois se entregaram ontem, em São Paulo, após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin de atender ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para prendê-los. A prisão é temporária, com prazo de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. No momento em que os agentes federais abriram a cela da carceragem da Polícia Federal em São Paulo, Joesley Batista chorou e deve chorar ainda mais, na hora que chegar a conta das irregularidades cometidas por ele para serem pagas como determinado pela Justiça.
Janot passa o dia explicando encontro com advogado de Joesley
A foto do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em um bar com o advogado de Joesley Batista, Pierpaolo Bottini, virou mais uma dor de cabeça para Janot, que passou o domingo tentando explicar o encontro fora da agenda. A foto, publicada pelo site Antagonista, foi enviada por um frequentador do bar, que contou que os dois ficaram em um canto escondidos atrás de engradados de cerveja, e com o procurador usando, durante os 20 minutos da conversa, óculos escuros. Como nada mais escapa dos olhares curiosos da população, que acompanha todos os passos da Lava Jato e conhece todos os seus atores, não adianta disfarces. Em nota Janot disse que os dois conversaram apenas amenidades que a boa educação e cordialidade prezam entre duas pessoas que se conhecem por atuarem na área jurídica, não sendo tratado qualquer assunto de natureza profissional. A pergunta que circulou ontem nas redes sociais é: por que as pessoas deveriam acreditar em alguém que questiona todos os encontros oficiais do presidente Michel Temer e de outras autoridades fora da agenda oficial e o dele, com o advogado do homem mais odiado do Brasil, é apenas para falar sobre amenidades?
