Ouvido pela PF, o juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro (foto/reprodução internet), de Uberlândia, alegou ter cometido um “lamentável” engano ao colocar em liberdade o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado pelo STF por depredar um relógio histórico no Palácio do Planalto durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Migliorini disse que confiou no sistema eletrônico da Vara de Execuções Penais, que teria tratado o caso como se fosse de sua competência, e não do Supremo. O detalhe de que o condenado havia cumprido apenas 16% da pena, quando o mínimo exigido é 25%, também parece ter escapado. O juiz, no entanto, garantiu que não quis afrontar o STF.
Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Ferreira e a investigação de Migliorini, entendeu diferente. A Corregedoria do TJ-MG também abriu procedimento contra o magistrado. Em sua breve passagem pela liberdade, Ferreira sequer usou tornozeleira. O juiz alegou “indisponibilidade” do equipamento, contrariando informação do governo de Minas.