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Juiz federal proíbe votação fechada para decidir futuro de Aécio no Senado

Paulo César de Oliveira
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A queda de braços entre a Justiça e o Senado parece estar longe de terminar. A tentativa do Senado de tornar sigilosa a votação que vai decidir sobre o afastamento e recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi barrada pelo Judiciário. O juiz federal Márcio Luiz Coelho de Freitas (foto) atendeu a uma ação popular movida pela União Nacional dos Juízes Federais e concedeu liminar proibindo o Senado de tornar a votação sigilosa. Para o magistrado, “a adoção de votação sigilosa configuraria ato lesivo à moralidade administrativa, razão pela qual defiro a liminar para determinar que o Senado Federal se abstenha de adotar sigilo nas votações referentes à apreciação das medidas cautelares aplicadas ao Senador Aécio Neves”. O senador mineiro foi afastado do mandato parlamentar por determinação da Primeira Turma do Supremo, com base nas delações de executivos da J&F.

 

PSB protesta contra voto secreto

Também ontem o Diretório Nacional do PSB, em nota, se posicionou contra o voto secreto dos senadores na análise das medidas cautelares impostas a Aécio Neves pelo Supremo Tribunal Federal. “ O País exige de todos nós, que exercemos um mandato eletivo, por delegação da soberania popular, conduta ética e respeito ao princípio republicano, de que ninguém está acima da lei. Defendemos que o voto seja aberto, porque assim o exige a democracia e impõe a cada um o dever de assumir, perante a Nação, as suas próprias responsabilidades, de forma transparente, não devendo se amparar, por conveniência política, no voto secreto”. Ainda na nota o partido anuncia que votará pela manutenção das medidas impostas ao senador mineiro pelo STF. “Estaremos na próxima terça-feira no plenário; aprovando as medidas cautelares pedidas pelo Supremo Tribunal; defendendo o voto ostensivo, para que a população saiba a nossa posição, e a dos demais membros do Senado. Honrar o mandato popular é exercê-lo sem transigir com “corporativismos”, pensando sempre no País e no povo”.

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