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Juiz garante que propina da Petrobras foi parar em campanhas

Paulo César de Oliveira
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O juiz responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância, Sérgio Moro, afirmou, em ofício encaminhado ao TSE, que há comprovação do direcionamento de propinas do esquema de corrupção da Petrobras para doações eleitorais registradas. Segundo documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro do ano passado, mas divulgado apenas nessa segunda-feira, Moro cita sentença já proferida em ação penal envolvendo a Setal Óleo e Gás e a Mendes Júnior. “Reputou-se comprovado o direcionamento de propinas acertadas no esquema criminoso da Petrobras para doações eleitorais registradas. Por ora, é a única sentença prolatada que teve fato da espécie como objeto”, diz, no ofício.O juiz manifestou-se a pedido da corte eleitoral, em ação proposta pelo PSDB que pede a cassação do registro da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer. No pedido, o PSDB cita o recebimento, pela chapa da presidente, de doações de empresas que têm contratos com a Petrobras, sob a suspeita de se configurarem como propinas. O partido também afirma que teria ocorrido propaganda institucional em período vedado e que a chapa teria se beneficiado de suposta ocultação de dados negativos de institutos como o IPEA, IBGE e Ministério do Meio Ambiente. No ofício encaminhado ao TSE, Moro(foto) remeteu cópia eletrônica de denúncia segundo a qual teria havido direcionamento de propina a doações eleitorais não registradas. O juiz também remeteu cópias de denúncias oferecidas pelo Ministério Público Federal contra dirigentes de empreiteiras como a Odebrecht, a Camargo Correa, a UTC, Galvão Engenharia e a Engevix.

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