Marcio Lacerda, abriu o Conexão Empresarial – Série Especial Eleições 2018, com um diagnóstico da economia brasileira e os reflexos em Minas Gerais. O encontro é promovido pela VB Comunicação, no Espaço V, em Nova Lima. O mais difícil, segundo Lacerda (foto), que disputa o governo de Minas pelo PSB, é que não temos um projeto de país. O modelo construído desde o governo FHC, passando pela administração de Lula e Dilma Rousseff privilegia os interesses políticos, privados e coorporativos.
Mudanças
Lacerda entende que o brasileiro espera por uma mudança para “sairmos dessa má política. O barco está furado, está entrando muita água e não tem salva vidas”. A situação é caótica, e uma prova disso, foi a greve dos caminhoneiros, que colocou em colapso todo o sistema produtivo brasileiro. Isso, segundo Lacerda, é reflexo da má política. Ele avisa que, se essa mudança não vier, “nós vamos sair da má política não pelo melhor caminho”.
Crise e perda de influência política
Minas Gerais vem perdendo influência no cenário nacional e pratica uma estrutura tributária suicida, por espantar investidores. A crítica de Marcio Lacerda a empresários e políticos mineiros se estende também ao tamanho da máquina administrativa, formada por uma estrutura que envolve 66 órgãos como secretarias, empresas, autarquias e fundações. Ele defende uma redução nesse formato com a criação de uma espécie de holding para reunir as empresas e estatais. As indicações políticas para cargos na administração pública não são um problema, no seu entendimento, desde que sejam qualificadas e fichas limpas.
Estado falido
O déficit fiscal que começou com R$ 5 bilhões na mudança do governo do PSDB para o do PT, só vem se agravando, segundo Marcio Lacerda, e deve fechar o ano em R$ 30 bilhões. Para ativar a economia e sair dessa situação pré-falimentar do Estado, a receita de Lacerda é a de criar, em novembro, logo após as eleições, um comitê de crise e outro comitê para tratar da questão fiscal do Estado, com a definição de prioridades. Este último teria a participação dos prefeitos, que segundo Lacerda, estão sendo muito maltratados na atual gestão.
Nas mãos da Justiça Eleitoral
Marcio Lacerda ainda depende da aprovação do registro da sua candidatura pela Justiça Eleitoral, fato estressante, segundo ele, por prejudicar a mobilização da sua campanha. A coligação encabeçada por Lacerda tem ainda a participação do MDB, Pros, PV, PDT, Podemos e PRB. Acompanhado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes (MDB), que é seu vice na chapa, o candidato do PSB se mostrou confiante na liberação da sua candidatura.
