O ex-presidente da empreiteira OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro (foto), investigado na Operação Lava Jato, disse ontem que está disposto a falar “tudo o que sabe”. Pinheiro voltou a prestar depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Na primeira vez, ele permaneceu em silêncio diante de Moro. No depoimento, Pinheiro confirmou que participou de uma reunião com o ex-senador Gim Argello para discutir como barrar as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, encerrada em 2009. Na época, a comissão apurava suspeita de desvios de recursos da estatal e buscava a convocação de empreiteiros ligados à empresa. Segundo ele, na reunião, estavam presentes o ex-ministro Ricardo Berzoini e o ex-senador Vital do Rêgo, então presidente da CPI. Na época, Argello ocupava cargo de vice-presidente, e foram solicitados R$ 5 milhões, segundo o empreiteiro. No depoimento, Pinheiro disse que a quantia não foi paga porque “fugia ao padrão de doações eleitorais da OAS”.